Projeto proposto pelo Instituto Maria Schmitt contemplou 10 mulheres de Sombrio e Região
O Instituto Maria Schmitt juntamente com o Hospital Dom Joaquim promoveu uma ação social voltada exclusivamente para mulheres beneficiando-as com cirurgias redutoras de mama. O projeto, que teve início no mês de março, contemplou 10 pacientes de Sombrio e Região que tinham dificuldade ao acesso em realizar esse procedimento pelo Sistema Único de Saúde.
Muitas dores na coluna cervical, lombar, autoestima baixa, roupas que não modelavam a silhueta e dificuldades para realizar as atividades básicas diárias estavam entre as queixas dessas mulheres que aguardavam a tão esperada cirurgia. A paciente Luci Vieira da Rosa, 47 anos, esperava há seis anos pela cirurgia devido às dores na coluna e nos ombros por causa do excesso de mama. “Essa cirurgia foi muito importante para minha saúde, minha qualidade de vida. Estou muito feliz. A equipe do Hospital e o médico foram muito atenciosos comigo. Agora é só esperar a recuperação e vida nova”, salientou a moradora de Sombrio.
Há quatro anos, a paciente Mariane Kirsch Costa, 28 anos de Sombrio/SC, esperava por essa cirurgia. “Tinha problema na coluna, não podia usar sutiã pois a alça cortava no ombro, só usava top. A maioria das minhas roupas ficavam desconfortáveis. Essa cirurgia apareceu no momento certo, pois eu emagreci e já estava com o excesso de pele também, desanimada e sem autoestima. Estou muito feliz! O médico foi muito acolhedor, assim como o anestesista e toda a equipe hospitalar, que sempre estão perguntando como a gente está”, contou Mariane que ressaltou que já comprou um sutiã novo para usar após a recuperação.
A jovem Kailaine Finali Bortolin, 19 anos, da cidade de Morro Grande/SC também foi contemplada pela Ação Social do IMAS. “Trabalho no escritório e fico sentada o dia inteiro, então no final do expediente eu não aguentava mais a dor nas costas. Já esperava há dois anos por esse procedimento. Minhas expectativas a partir dessa cirurgia são de vida nova total. Uma mudança radical do dia para noite”, frisou a paciente.
A moradora Balneário Gaivota/SC, Vera Lúcia Rissi Soares, 43 anos, já perdeu a conta de quanto tempo esperava por essa cirurgia. “Meus problemas na coluna se agravaram, tanto na lombar quanto na cervical. Por isso os médicos ortopedistas pediram para fazer a cirurgia, pois não tinha outro jeito. O excesso de mama atrapalhava no dia a dia, no meu trabalho. Colocava uma roupa, servia na parte de cima e ficava grande na parte de baixo. Se eu fosse fazer exercício ou uma atividade diferente ou eu me machucava ou desistia de fazer. Agora com essa cirurgia a emoção foi muito grande, não sabia se ria ou chorava. Só alegria a partir de agora”, revelou Vera.
Para o Médico Cirurgião Plástico, Dr. Remi Goulart Júnior essa ação social é muito importante para essas mulheres que tem as mamas gigantes e que estão há muito tempo na fila de espera. “Elas têm problemas funcionais sérios para trabalhar, problemas de coluna, problemas de inabilitação para atividade diária e física e isso repercute na saúde também. Essas mulheres são desprezadas pela maior parte do sistema assistencial porque há uma crença de que mama gigante não precisa ser operada, mas a dor de quem carrega isso, as dificuldades de quem carrega isso, é um problema muito sério de saúde”, destacou o médico que operou as pacientes.
Segundo o Dr. Remi, todas as mulheres atendidas apresentaram mamas gigantes, hipertrofia grau 4, Gigantomastia. “Retiramos na faixa de 1,5 kg por mama, um peso muito grande para se carregar diariamente”, revelou o médico cirurgião, que salientou que os benefícios dessa cirurgia são imediatos. “Depois da redução mamaria, no dia seguinte, na hora da alta, a paciente já sai com a postura retomada, de coluna, estrutural e funcional, as dores de coluna já aliviam, principalmente o trapézio. A partir disso, elas já poderão se reinserir na vida social de outra maneira, tanto familiar como de trabalho, muitos ganham até motivação para fazer uma nova atividade. Uma nova vida”. Segundo o médico, após a cirurgia, as pacientes ficaram internadas um dia no hospital e já receberam alta, sendo que a equipe continua monitorando dentro de 30 dias a evolução do quadro clinico.
De acordo com a Diretora Geral do Hospital Dom Joaquim, Mariele Dassoller, a proposta foi alusiva ao mês das mulheres e atendeu aquelas que seguiam os pré-requisitos exigidos como alguma morbidade, como gigantomastia. “Iniciamos a ação em março com as consultas com o cirurgião plástico onde essas 10 mulheres fizeram o pré-operatório e hoje estão realizando o procedimento cirúrgico e ainda terão o acompanhamento no pós-operatório para que ocorra em perfeita sintonia esse procedimento”, enfatizou a diretora, destacando que a ação social foi custeada por recursos próprios da unidade hospitalar.
O Hospital Dom Joaquim realiza há um ano todos os tipos de cirurgias plásticas através do atendimento particular. As cirurgias da ação social foram realizadas de 23 a 26 de maio e atendeu pacientes de 19 a 50 anos de idade, encaminhadas pelas secretarias de saúde que seguiram os pré-requisitos exigidos para o procedimento.