Apesar do pouco tempo de Policlínica já foi detectada a
necessidade de alertar sobre o absenteísmo – a ausência não justificada aos compromissos – já que dos 3.668 procedimentos agendados para consultas, 534 não foram realizadas durante o mês de janeiro nesta unidade.
A preocupação é válida pois ainda existem muitas filas de espera para atendimento, metas estabelecidas em contrato com o Governo do Estado a serem cumpridas, sem contar os custos com os profissionais preparados para determinado volume de atendimento que não é praticado. E enquanto isso alguns pacientes que realmente necessitam de atendimento acabam pagando pela irresponsabilidade de quem não comparece ao consultório médico.
“É preciso que haja consciência da população. Com um atendimento ágil e eficiente, queremos zerar as filas de espera dos municípios para que numa próxima situação o agendamento seja mais rápido, já que sabemos que as pessoas não têm paciência de esperar pelo atendimento devido a sua preocupação e necessidade, por isso a
importância de comparecer ou avisar em caso de falta à consultas ou exames” explica Graziela Minatto, Coordenadora da Policlínica Regional.
A coordenadora explica ainda, que quando os pacientes avisam
com antecedência que não poderão comparecer, as equipes se esforçam para colocar outra pessoa no lugar e dar andamento à fila de regulação. “Entendemos que existem imprevistos, nosso pedido é mais comprometimento da população com o serviço público, com relação ao comparecimento ou não, são muitas pessoas
dedicadas a cuidar do próximo, atualmente estamos oferecendo mais de 20 especialidades na Policlínica Regional, com um total de 32 médicos trabalhando, é preciso valorizar estes profissionais” pontua.
Impacto é maior na ortopedia
Ortopedia, área que sofria com falta de atendimento na região, agora sofre com a ausência dos pacientes. Atualmente os quatro (04)
médicos que atendem a especialidade conseguem dar conta da demanda, mas reclamam da ausência nas consultas. O problema que preocupou a Policlínica Regional logo no primeiro mês deste ano, continua presente agora em fevereiro.
Dos 1.500 procedimentos marcados até 12 de fevereiro cerca de 163 faltaram. “Nem sempre é dinheiro que se perde, mas que se deixa de faturar ou que torna ocioso o tempo de um equipamento alugado, por exemplo. Tempo parado significa custo para os cofres públicos sem ser revertido em resultados à população, que muitas vezes reclama mas esquece de fazer a sua parte” afirma Dr. Robson Schmitt, Presidente do Instituto Maria Schmitt que administra a Policlínica
Regional de Araranguá.