Se por um lado a pandemia do novo coronavírus trouxe preocupação, estresse, correria, medo, ocupação máxima de leitos e a mudança total na rotina dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente no atendimento à população, ela também exigiu um dinamismo ainda maior dos gestores e investimentos vultuosos em medicamentos, infraestrutura, equipamentos e instalações que precisaram ser adaptadas ou modernizadas de forma ágil.
Essa foi a realidade no Hospital Regional de Araranguá que mesmo em meio a todas as dificuldades, conseguiu elevar em quase 40% o número de servidores, realizou vários investimentos em melhorias da sua infraestrutura e na última semana dobrou a capacidade do seu tanque de oxigênio. “Em um momento crucial como esse de enfrentamento a pandemia, onde a maioria dos hospitais do Brasil vivem problemas de abastecimento de oxigênio, nós estamos dobrando a nossa capacidade de reservatório para evitar que falte aos pacientes. Nós tínhamos um tanque com três mil metros cúbicos, agora temos seis mil e já está instalado” comemorou Rafael Bonfada, diretor-geral do Hospital Regional de Araranguá.
Guerreiros que não fogem a luta
Médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, serviços-gerais são apenas algumas das categorias que desenvolvem serviços essenciais no Hospital Regional de Araranguá e estão expostos diariamente ao risco de contaminação. Heróis da vida real, esse time de guerreiros atualmente soma uma rede de proteção composta por 641 profissionais, sendo 543 em regime de CLT e 98 deles médicos.
Em novembro de 2018, antes do Instituto Maria Schimtt assumir a gestão do Hospital Regional, eram apenas 392 colaboradores. O aumento de 38,5% no efetivo ocorreu basicamente por conta do aumento da demanda e da necessidade de novos profissionais para atuar no enfrentamento da Covid-19. “Historicamente essa é a maior contratação já feita no HRA que sempre sofreu com a escassez de funcionários e sobrecarga de trabalho. Estamos em uma busca constante para elevar a qualidade dos serviços prestados e isso passa pelas mãos dos nossos profissionais que são também nosso maior orgulho. São corajosos, destemidos e acima de tudo comprometidos com a missão de cuidar das pessoas. Ao lado deles e com todo apoio da Secretaria de Estado da Saúde e do Governo do Estado estamos enfrentando essa luta exaustiva que só será vencida graças ao esforço de todos” explicou o diretor.
Infraestrutura renovada
Os investimentos em infraestrutura são visíveis a olho nu. Reforma completa do telhado, pintura do prédio, pronto-socorro revitalizado e implantação de novas salas que foram reformadas no final de 2019 e agora servem para o atendimento a Covid-19. Segundo a direção do HRA foram aplicados R$271.822,12 em melhorias que possibilitaram maior conforto ao usuário e colaborador.
Também foram realizadas aquisições de equipamentos hospitalares para proporcionar mais segurança aos pacientes. Elevador móvel que auxilia no levantamento e no reposicionamento dos pacientes de forma segura e confortável, com balança eletrônica facilitando a pesagem do paciente, sistema central de ar condicionado, climatização de leitos de internação, aparelho de fototerapia são exemplos de melhorias realizadas.
Covid-19: situação permanece crítica
A nova onda de contaminação trazida pela Covid-19 à região continua desafiando os profissionais que trabalham no atendimento à população. Segundo boletim divulgado nesta manhã de segunda-feira, 15, todos os leitos de internação e UTI permanecem 100% ocupados no HRA. “Os profissionais estão trabalhando continuamente, 24h por dia para atender da melhor maneira, mas a estrutura hospitalar há alguns dias entrou em colapso e permanecemos operando no limite da ocupação. Contamos com a população para que busquem o hospital somente em casos de urgência e emergência,” finalizou Rafael Bonfada.